A realização e publicação desta tradução foi autorizada pelo autor Daniel Little, pelo corpo editorial da Enciclopédia Stanford de Filosofia e foi minuciosamente revisada pelo filósofo Plínio Smith por indicação do corpo editorial da SEP. Como parte do acordo que me autorizou a realizar e divulgar esta tradução, ela <não> pode ser alterada, hospedada em outro local ou o acesso a ela ser cobrado sob qualquer hipótese. Ela estará sempre disponível gratuitamente neste site.
O conceito de história desempenha um papel fundamental no pensamento humano. Ele evoca as noções de agência humana, mudança, o papel das circunstâncias materiais nos assuntos humanos e o suposto significado de eventos históricos. Ele levanta a possibilidade de “aprender com a história”. E sugere a possibilidade de entendermos melhor a nós mesmos no presente ao entendermos as forças, escolhas e circunstâncias que nos trouxeram à presente situação. É, portanto, pouco surpreendente que filósofos às vezes tenham voltado sua atenção para os esforços de examinar a própria história e a natureza do conhecimento histórico. Essas reflexões podem ser agrupadas em um conjunto de trabalho chamado “filosofia da história”. Esse trabalho é heterogêneo, envolvendo análises e argumentos de idealistas, positivistas, lógicos, teólogos e outros, e se movendo de um lado para outro das fronteiras entre a filosofia europeia e anglo-americana e entre a hermenêutica e o positivismo. Dada a pluralidade de vozes dentro da “filosofia da história”, é impossível dar uma definição do campo que seja adequada a todas essas abordagens. De fato, é enganador imaginar que nós nos referimos a uma única tradição filosófica quando invocamos a frase “filosofia da história”, porque as vertentes de pesquisa caracterizadas aqui raramente se engajam em diálogos umas com as outras. Ainda assim, podemos pensar de maneira útil que os escritos de filósofos sobre a história aglomeram-se em torno de diversas grandes questões, envolvendo metafísica, hermenêutica, epistemologia e historicismo: (1) A história consiste de quê – de ações individuais, estruturas sociais, períodos e regiões, civilizações, grandes processos causais, intervenção divina? (2) A história como um todo tem significado, estrutura ou direção, além dos eventos e ações individuais que a compõem? (3) O que está envolvido em nosso conhecer, representar e explicar a história? (4) Até que ponto a história humana é constitutiva do presente humano?
O texto que se segue é uma tradução do verbete escrito pelo Prof. Dr. Daniel Little sobre Filosofia da História na Enciclopédia Stanford de Filosofia. A tradução segue a versão do verbete nos arquivos da SEP em [https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/history]. Esta versão traduzida pode ser diferente da versão atual do verbete, que passa por novas revisões e atualizações ao longo do tempo. A versão mais recente está localizada em [http://plato.stanford.edu/entries/history]. Gostaria de agradecer o autor Daniel Little por autorizar meu trabalho de tradução e a divulgação do texto. Agradeço também Edward Zalta e o corpo editorial da Enciclopédia Stanford de Filosofia por concederem a permissão de traduzir e publicar este verbete na internet e fornecerem o apoio de um revisor para examinar a qualidade da tradução. Por fim, agradeço o generoso, cuidado e excelente trabalho de revisão realizado por Plínio Smith, que foi indispensável para que esta tradução fosse disponibilizada com a qualidade que acabou atingindo.
LITTLE, D. Filosofia da História. Tradução por Thomas Victor Conti. In: ZALTA, E. N. (Ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Winter 2016 ed. [s.l.] Metaphysics Research Lab, Stanford University, 2016. URL < https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/history >.
[…] Este texto é uma tradução da Parte 3 do verbete Philosophy of History da Stanford Encyclopedia of Philosophy. A tradução completa foi realizada por mim com autorização dos editores da SEP e do autor do verbete e pode ser baixada nestes links: ResearchGate, Academia.edu e meu site pessoal. […]