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Agora com o Mestrado defendido, gostaria de compartilhar com todos os interessados o resultado final destes cinco anos de pesquisa (desde o segundo ano da graduação havia tomado o século XIX como tema de ICs e do TCC). Seguem as referências do texto e também um vídeo do seminário/palestra que ministrei na Unicamp abordando muito resumidamente os resultados da pesquisa quanto ao recorte da relação entre economia e guerra.



Dissertação de Mestrado de Thomas Victor Conti – Referência Bibliográfica e Links para Download do pdf:

CONTI, Thomas V. Guerras Capitais – um estudo sobre as transformações na competição econômica e na rivalidade política internacional: a Hegemonia da Grã-Bretanha, os Estados Unidos e a Alemanha de 1803 a 1914. Campinas: IE/UNICAMP, 2015 (Dissertação de Mestrado).

266 páginas. Download gratuito: [via Academia.edu] [via ResearchGate]
DOI (Digital Object Identifier): 10.13140/RG.2.1.3010.5765



Resumo
O tema desta pesquisa é uma análise mais profunda das conexões entre as estruturas econômicas da organização produtiva e suas contrapartidas no jogo político dos Estados modernos tal como se processaram no Longo Século XIX, com o objetivo de avançar na compreensão do fenômeno do imperialismo moderno. Partimos da discussão sobre os fundamentos da Hegemonia Britânica, argumentando como desde o seu início ela era baseada em sua preponderância no comércio internacional, o que atrelou seu posterior desenvolvimento econômico industrial às questões do setor de serviços, dos transportes e do poder naval. Contudo, ao dar vazão ao investimento ferroviário, a industrialização possibilitou a expansão por terra do espaço econômico a partir do qual novas indústrias poderiam surgir. Países como os Estados Unidos e a Alemanha tomariam as conexões ferroviárias como ponto de partida para articular economias nacionais em escalas maiores de produção, distribuição, capacidades organizacionais e científicas. Essa é a base econômica sobre a qual uma nova rivalidade política, fundada na simbiose entre o capital nacional e o Estado e crescentemente apoiada no nacionalismo, passaria a se expandir no final do século conforme inovações militares diminuíam as possibilidades de resistência. A concorrência entre capitais nacionais colocou em marcha um expansionismo político que dividiu o mundo em áreas de influência crescentemente hostis que, ao assumir uma forma bipolar, resultou na Grande Guerra.

Palavras-chave: Imperialismo, Economia política, Política internacional, Relações econômicas internacionais, Guerra



Estrutura de Capítulos (página entre parênteses):
Agradecimentos (vii)
Resumo (xi)
Lista de Tabelas (xvii)
Lista de Figuras (xvii)
Prefácio (xviii)
Introdução (1)
Capítulo 1 – Comércio e Guerra (1803-1820) (11)
1.1 – Um mundo agrícola da perspectiva de um mercador (13)
1.2 – A Ascensão Britânica (35)
….1.2.1. As terras distantes e o controle pelo espaço marítimo (37)
….1.2.2. A indústria nascente em seu contexto histórico (51)
Capítulo 2 – Indústria e Comércio (1815-1873) (67)
2.1 Ferrovias e Indústrias: a possibilidade de economias nacionais (75)
….2.1.1. Ferrovias, sua dinâmica concorrencial e outros conflitos (77)
….2.1.2. Expansões territoriais e o tenso caminho da unificação (84)
….2.1.3. Fagulhas de mudança na dinâmica industrial (90)
….2.1.4. A gênese de um mundo urbano (97)
2.2 Ordem liberal e Hegemonia Britânica (107)
….2.2.1. Liberalismo em casa própria: reformas e limites (112)
….2.2.2. Liberalismo em casa alheia: os dilemas britânicos na China (125)
2.3 As fronteiras em expansão das economias nacionais (137)
….2.3.1. Estados Unidos (138)
….2.3.2. Alemanha (151)
Capítulo 3 – Indústria e Guerra (1861-1914) (161)
3.1. O reinventar da violência organizada (1861-1871) (167)
3.2. Guerras Capitais (181)
….3.2.1. A radicalização da concorrência: a conquista econômica (184)
….3.2.2. Nacionalismo: a conquista das identidades (191)
….3.2.3. Imperialismo: a conquista do mundo (198)
3.3. Um incontrolável sistema de controle (208)
Conclusão (223)
Anexos (226)
Bibliografia (236)



Seminário/Palestra ministrado no IE-Unicamp: GUERRA E ECONOMIA: uma reflexão sobre as origens dos conflitos militares modernos

Data de realização: 13 de Março de 2015, 14:30
Local: Auditório Jorge Tápia – Instituto de Economia da UNICAMP
Coordenação da Mesa: Prof. Dr. Eduardo Barros Mariutti
Expositor: Thomas Victor Conti

Para quem se interessar pelo vídeo, aviso desde já que organizei minha exposição tendo em vista abordar o tema para um público leigo, portanto tanto a linguagem quanto o nível de detalhamento da exposição não correspondem precisamente à discussão da Dissertação de Mestrado. No entanto, ela segue em linhas muitos gerais algumas transformações importantes que ocorreram na relação entre economia e guerra do início das Guerras Napoleônicas até a deflagração da Primeira Guerra Mundial.

Críticas, comentários, sugestões, por favor sinta-se a vontade para deixá-los abaixo!

Doutor em Economia, professor do Insper e pesquisador do IDP-SP. Sócio e CEO da AED Consulting. Desde 2013 faço divulgação científica neste blog e nas redes sociais por paixão e convicção. Defendo políticas públicas baseadas em evidências e os princípios éticos do humanismo secular.

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